Com que roupa?

Quando você acorda e vai até o seu guarda-roupa para se vestir, ao escolher uma peça, você vai no ‘automático’ ou pensa em um propósito? O automático seria simplesmente pegar cabides ou roupas dobradas aleatoriamente, enquanto ter propósito seria pensar a respeito do que você vai vestir e por quê.

Na grande maioria das vezes, eu me vestia de acordo com o meu humor. Sim, com o humor, porque eu nunca consegui separar a roupa na véspera. Todas as vezes que eu fiz isso, nunca saí com a roupa que tinha escolhido, porque eu olhava para aquela roupa e ela simplesmente não me representava mais naquela manhã. Se eu estava bem e feliz, procurava por um tipo de roupa. Se eu queria passar despercebida, era outro. Se eu tinha um encontro, escolhia minha melhor roupa... e por aí ia o meu comportamento para me vestir. Nunca pensei muito sobre minhas roupas. Elas eram apenas... roupas.

Para os olhares atentos, é interessante pensar que através da nossa imagem podemos demonstrar um pouco de quem somos, nossa personalidade, nossos gostos e até mesmo o que estamos sentindo. Aposto que você tem uma roupa que usa quando está se sentindo alegre, feliz e de bem com vida, ou uma roupa para quando vai sair à noite e quer se sentir poderosa, linda e chamar a atenção de todo mundo. Sim ou não? E para trabalhar? Como você escolhe o que vai usar?

Se você nunca tinha parado para pensar nisso, talvez seja um bom momento para começar. Em um mundo onde a imagem tem grande relevância – uma vez que somos seres visuais – e a saúde mental é extremamente importante por estamos expostos a tantas comparações e pressões por padrões inalcançáveis, é imprescindível estarmos conscientes do que queremos sentir ao vestir, focando na nossa sensação de bem-estar.

“O que você faz e a forma como você se apresenta dizem muito sobre quem você é, e esses fatores incidem diretamente no seu caminho”.

Lara Almeida