Construção da imagem

Quando eu era pequena, pessoas da minha família me chamavam de Olívia Palito. Se você não sabe quem é a tal Olívia Palito, trata-se da namorada do Popeye. Um desenho antigo que passava na televisão. Mas eu não via isso como um elogio, pois se tratava de uma mulher extremamente magra, temperamental e mal-humorada. Nada do que eu queria ser. Como eu tinha o cabelo comprido, ouvia ainda que se eu estivesse com o cabelo solto não sabiam se eu estava de frente ou de costas. Cresci me achando esquisita e sem graça.

Você sabia que a construção da nossa imagem se dá também com o que ouvimos dos outros sobre nós? Se ouvimos coisas que nos depreciam, nossa autoestima muito possivelmente será afetada.

Desde muito cedo ouvimos coisas sobre nosso corpo dentro na nossa própria casa, no círculo familiar e de amigos próximos. Pessoas em quem confiamos e se confiamos as palavras ditas parecem que ganham um peso extra. E para completar, somos bombardeadas pela mídia com um padrão de beleza difícil de ser alcançado. Com um cenário desse, difícil seria crescermos com uma autoestima elevada. Há alguns anos, uma pesquisa feita em 20 países entre eles o Brasil, descobriu que apenas 4% das mulheres se consideram bonitas. Aqui no Brasil, esse percentual é um pouco melhor, 14%. Mesmo assim é baixo. 59% admitem que sentem pressão para serem belas. Imagina quantas mulheres tem alguma questão com a imagem. Consequentemente sua autoestima e confiança estão estremecidas.

Aqui deixo um alerta: se você é mãe ou pai, enalteça a beleza de seu filho ou filha, reforce o quanto você o ama por ser quem ele/ela é. Se não for, não deixe que ninguém faça piadinhas ou menospreze o corpo alheio. Esse tipo de coisa deixa marcas profundas.

O objetivo da consultoria de imagem não é substituir a terapia, mas pode ajudar a descobrir nossa melhor versão, nos olharmos no espelho com mais amor e a ter mais confiança em nos vestirmos.

Que tal começar sua transformação?